Benguela – Mais de um milhão e 400 mil passageiros/ano poderão ser transportados pelos novos comboios DMU´s, que já operam o serviço ferroviário interurbano e suburbano de Benguela ao Lobito, apurou a ANGOP.
Os dados foram divulgados pelo presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Énio Costa, em representação do ministro dos Transportes, Ricardo D´ Abreu, na cerimónia de lançamento das três novas DMU´s em Benguela.
Énio Renato Costa deu a conhecer que o lançamento deste moderno serviço de transporte interurbano na província de Benguela consta do pacote de investimentos que o Ministério dos Transportes tem vindo a fazer.
Conforme o responsável, o Executivo angolano pretende permitir uma maior mobilidade aos cidadãos que diariamente se deslocam nestas zonas urbanas dos municípios de Benguela e do Lobito.
Destacou as vantagens dos novos comboios dado o baixo custo operacional e, por consequência, vão permitir também transportar um maior número de passageiros do que as antigas locomotivas neste troço entre Benguela e Lobito e vice-versa.
Relativamente às preocupações da população quanto à necessidade da extensão deste serviço ferroviário interurbano e suburbano até à estação ferroviária da zona rural das Bimbas, o PCA da ANTT remete soluções concretas para o Conselho de Administração do Caminho de Ferro de Benguela (CFB).
É que, ao que a ANGOP apurou, a demanda do transporte público de e para a zona das Bimbas, nos arredores da cidade de Benguela, é tal de modo grande que os estudantes do Instituto Médio Agro-Industrial Joaquim Kapango têm enfrentado dificuldades de mobilidade.
"Ouvimos atentamente as preocupações aqui apresentadas da necessidade de se estender também os serviços de transporte ferroviário urbano até às Bimbas ”, reforçou, afirmando que o CFB deverá encontrar o melhor mecanismo para operacionalizar estes serviços face às necessidades da população.
Considerou também que estes equipamentos representam um "esforço financeiro” do Estado, na perspectiva da melhoria dos serviços operacionais, por um lado, e para uma maior racionalização dos recursos que outrora eram disponibilizados em outros meios, por outro.
Mais investimentos nos transportes
O representante "ad hoc" do ministro Ricardo D´ Abreu, titular do pelouro dos Transportes, lembrou que a província de Benguela tem recebido vários dos investimentos deste departamento ministerial, quer no domínio das infra-estruturas, quer nos meios circulantes para a mobilidade da população.
Nesta senda, exortou a todos os cidadãos que vão beneficiar destes equipamentos que cuidassem bem dos meios, já que, como disse, representam um investimento elevado para o Estado e que o maior benefício é que estejam ao serviço de toda a população de Benguela.
"Em nome do ministro dos Transportes, queremos agradecer e continuar a trabalhar para trazer um maior investimento para as infra-estruturas de transporte”, frisou, afirmando ser este apenas mais um passo dos vários que estão a ser dados a nível do serviço de transporte na província de Benguela.
O responsável da Agência Nacional dos Transportes Terrestres também ressaltou terem sido ultrapassados alguns desafios pelo Conselho de Administração do CFB relativamente às infra-estruturas (que eram necessárias nas estações) para melhor acomodar os passageiros que irão utilizar estes serviços.
O desafio, agora, é o aumento das receitas na empresa do Caminho de Ferro de Benguela, de maneira que continuem a ser feitos investimentos para o benefício da população e dos próprios trabalhadores.
Vulgarmente conhecidas como DMU´s, estes comboios modernos, sendo que cada unidade (constituída de quatro veículos) tem uma capacidade de 696 passageiros podem atingir a velocidade de 100 quilómetros por hora, o que permitirá reduzir a viagem entre Benguela e Lobito em cerca de 30 minutos.
