mintrans.gov.ao
 
Ministério
29 Agosto de 2023 | 15h06 - Actualizado em 30 Agosto de 2023 | 11h25

OPERADORES DE ROCHAS RECLAMAM DE ALTAS TAXAS FERRO-PORTUÁRIAS

Lubango – A falta de uma cadeia logística, de transportação capaz de atender à demanda e os custos altos das taxas ferro-portuárias são as principais dificuldades que emperram o crescimento do negócio das rochas ornamentais (granito e mármore), relatam os operadores mineiros do Sul do país.

Actualmente só em custos de exportação, no Namibe, o CFR (cost and freight) específico para mercadorias transportadas por navios, o operador gasta um milhão 504 mil e 925 kwanzas (dois mil 423 dólares), em taxas como guia de exportação, transporte, frete marítimo, enchimento, selos, utilização do porto, fumigação dos contentores, entre outras.

A preocupação foi manifestada pela Associação dos Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Rochas Ornamentais do Sul de Angola  (APEPA), durante a Jornada de Revitalização do Processo de Transportação e Exportação do Minério de Ferro e Rochas Ornamentais da região Sul de Angola.

Ao falar no painel no painel "Medidas de facilitação para exploração, transportação e exportação de rochas ornamentais”, o vice-presidente da APEPA, Elias Cipriano, afirmou actualmente 70 por cento da produção é transportada até o Porto do Namibe é por via rodoviária e os outros 30, por comboio.

Declarou que na base estão os elevados custos logísticos aplicados pelo Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM), alinhado ao insuficiente número de vagões, o que contribui para um stock de blocos elevados nos estaleiros.

Em função da produção, referiu que o CFM ainda não acolhe as necessidades totais dos operadores, mas estão a caminhar para um horizonte onde depois da concepção, poderá existir um investimento privado nos meios técnicos e infra-estruturas para alargar a oferta e posteriormente ter como meio único de transporte o comboio.

"Sobrevivemos de cabotagem para poder exportar, um custo sobre o exportador, a diferença de custo marítimo do Namibe/Luanda é mais de 100%, existe ainda muita burocracia no processo”, continuou.

Manifestou que os camiões transportam 25 toneladas em uma distância de 300 quilómetros e em alguns casos 15, visto que a proibição é por unidade e não por peso e as taxas portuárias standard dificultam a actividade.

Como medidas de facilitação para exploração, transportação e exportação de rochas ornamentais, o operador defendeu a necessidade do Ministério dos Transportes potenciar o Caminho de Ferro Moçâmedes (CFM) com mais vagões, para a cobertura no mínimo 80 por cento das necessidades de transportação dos blocos de rochas.

Apontou ainda um estudo da possibilidade de implantação de uma segunda linha-férrea do Lubango/Namibe, a atribuição de programas de transportação de acordo a produção e venda de cada empresa, a compra de vagões adaptados ao objecto de transporte e a capacitação das oficinas do CFM em termos de consumíveis, como outras mudanças que precisam ser feitas.

Já na vertente exploração, Elias Cipriano sugeriu a sobreposição com outros minerais com áreas acima dos cinco mil hectares, a necessidade do controle na atribuição de títulos mineiros de mineiros com produção acima do consumo e retirar títulos de minas sem exercício.

A exploração de rochas ornamentais na Huíla data de 1998, mas a associação só foi oficializada em Março de 2021 com a designação "Associação dos Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Pedras do Sul de Angola  (APEPA)”.

Actualmente adoptou a nomenclatura "Associação dos Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Rochas Ornamentais do Sul de Angola” (APEPA). Visa defender a classe empresarial na prospecção, pesquisa, exploração, transformação e comercialização de granitos, mármores, quartzitos, calcitos, calcários e oiutros.


Voltar

Canais de Atendimento

Você pode realizar manifestações nos seguintes canais