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26 Maio de 2022 | 14h05 - Actualizado em 31 Maio de 2022

UNIDADES MULTI DIESEL DO CFB VÃO CIRCULAR DENTRO DE DOIS MESES

Lobito – As Unidades Multi Diesel do Caminho de Ferro de Benguela, adquiridas recentemente pelo Governo angolano, vão entrar em funcionamento dentro de dois meses para reforçar o troço Lobito-Benguela e vice-versa, soube a ANGOP, esta quinta-feira.

Esta informação foi prestada pelo Presidente do Conselho de Administração do CFB, António Cabral, à margem da cerimónia de comemoração do 120º aniversário daquela companhia ferroviária, celebrado hoje, dia 26 de Maio.

"Dentro de pouco tempo, os técnicos vão chegar para fazer o comissionamento das máquinas”, garantiu o PCA.

Questionado sobre os desafios da companhia, disse, em breves palavras, que passam por aumentar o transporte de passageiros e mercadorias e a formação de quadros.

Debruçou-se sobre os investimentos feitos pelo Governo, dando como exemplo a colocação de carris de 22 toneladas por eixo, contra os 16,5 do antigo, ainda o carril de 50 quilos por metro contra os 30 do anterior, bem como as actuais travessas de betão, ao inves das antigas que eram de madeira e metálica, nalguns troços.

"O CFB conta com uma fibra óptica que se extende do Lobito ao Luau e o ramal de Benguela, onde já apareceram alguns interessados em conectar esse equipamento a nível da região austral”, sublinhou.

Lembrou que o Estado adquiriu 100 locomotivas do tipo G30 e atribuiu 50 ao CFB, pretendendo implementar o transporte de mercadorias do litoral para o Congo Demcrático e Zâmbia e vice-versa.

Falou igualmente dos constrangimentos que a companhia vive neste momento, salientando que 50 por cento de carruagens estão fora de serviço devido ao desgaste das rodas.

"Desde 2022 que não se faz investimentos neste sentido, para substituição das rodas, mas com a ajuda do Ministério dos Transportes vamos fazer um esforço adicional, apesar dos parcos recursos disponíveis”, enfatizou.

Por outro lado, o administrador não executivo Jesus Nelson Martins fez uma retrospectiva da vida do CFB, desde o seu surgimento, em 1902, passando pelo ponto mais alto, entre 1971 a 1974, onde transportava acima de dois milhões de toneladas de carga por ano, com uma média de três vagões de mercadoria por dia.

"A partir de 1975, a companhia vivenciou momentos difíceis, devido à guerra civil em Angola, na qual as suas infra-estruturas foram bastante danificadas”, recordou.

Lembrou, no entanto, sobre o investimento do Governo para a sua recuperação em 2002 e o início da actividade internacioal em 2018, com o primeiro transporte de cobre e manganês da República Democrática do Congo e da Zâmbia.

Segundo ele, o transporte de mercadorias desses países ainda não corresponde às expectativas do Governo, por isso houve a necessidade de procurar um investidor privado, através de um concurso público internacional, realizado no Lobito, no dia 8 de Setembro de 2021.

"Aguardamos o anúncio do vencedor e acreditamos que a recuperação vai ser enorme, porque vai aumentar o comércio, vai criar mais empregos e desenvolver a economia da região”, enfatizou.

O CFB tem uma linha férrea com mil e 344 quilómetros, partindo do Lobito até ao Luau (Moxico), com 67 estações ao longo da sua extensão.

Nesta extensão, conta com serviços de passageiros normal e expresso, e de transporte de mercadorias internas e internacionais.



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