• Rede Ferroviária Nacional Com Aumento De Transportes E Melhoramento Nos Seus Serviços


    Em entrevista concedida à Rádio Nacional de Angola, Director do Instituto Nacional de Caminhos de Ferro de Angola, Otoniel Manuel, afirmou que o Instituto e em particular o Ministério dos transportes conhece as dificuldades do serviço ferroviário nacional e a apreciação da população em torno desta situação, mas que tem feito o máximo para dar as melhores respostas às preocupações apresentadas pelos utentes.

    "Temos tido uma actividade bastante desafiante na perspectiva de podermos dar resposta a resolução das preocupações expostas pelos utentes que todos os dias acorrem às estações na intenção de apanhar os comboios”, afirmou Otoniel Manuel, que não deixou de falar sobre a disparidade entre o serviço oferecido e o preço cobrado.

    "É uma viagem barata, se por um lado desempenha um papel social que é tarefa do Estado, por outro, em certa medida, asfixia a tesouraria das empresas. 50,00 Kwanzas é um tarifário bastante baixo, que nem de perto está para cobrir os custos de exploração, despesas de manutenção, reparações das vias e mais”, avançou.

    Em todo o caso, refere que é necessário manter esse valor para ajudar no desenvolvimento e crescimento económico do país, pois os caminhos-de-ferro não transportam apenas passageiros, mas também cargas, que é o principal enfoque de aumento de receita das empresas.

    Na mesma senda, reconhece que a escassez ou insuficiência de comboios entre o leste e centro sul do país é um problema que além dos utentes, também preocupa de grande maneira o MINTRANS. "A situação da província do Moxico é deveras complicada, prende-se com o facto de haver um grande défice de infraestruturas rodoviárias no eixo entre a cidade do Kuito e da cidade do Luena, bem como o afluxo de utentes que saem das Lundas Sul e Norte para apanharem um comboio na cidade do Luena. Outro aspecto está ligado ao défice do material rebocado, as carruagens, para atender a demanda”, disse.