Esta declaração foi feita durante a visita de trabalho que o alto responsável da Polícia Nacional efectuou ao CFL, para junto da administração da empresa melhor compreender o fenómeno e simultaneamente fazer o acompanhamento e controlo do trabalho desenvolvido pela unidade de protecção do Caminho-de-Ferro de Luanda. Acompanhado de uma delegação de alto nível composta por diferentes ramos da corporação, o comandante Kandela foi recebido na sede da empresa, no Bungo, pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA), Júlio Bango Joaquim, que se fez acompanhar dos Administradores Executivos e Directores da empresa. Na sala de reuniões principal, o PCA do CFL fez uma apresentação exaustiva do contexto envolvente, que tem permitido a vandalização dos comboios, da linha férrea e das estações. Durante a sua explanação, o PCA ressaltou o problema do furto dos fixadores da linha férrea e o contínuo apedrejamento dos comboios em circulação, situação que, a manter-se inalterada, irá comprometer a circulação das Unidades Múltiplas Diesel (DMU, na sigla inglesa), que se prevê para breve. Na sequência do encontro, para verificar os factos no terreno, a delegação conjunta CFL/Polícia Nacional tomou um comboio na estação do Bungo e efectuou uma curta viagem até à Estação dos Muceques.
Durante a viagem, efectuada numa plataforma aberta, o número dois da Polícia Nacional e outras altas patentes que o acompanharam tiveram a oportunidade de constatar a realidade descrita. Da estação dos Muceques, onde desembarcou, a delegação dirigiu-se para as Oficinas Gerais onde visitou um exemplar de uma DMU e, em seguida, a unidade policial principal de protecção da infra-estrutura. No final, o comissário-chefe António Kandela manifestou a preocupação da Polícia Nacional pelo contexto desafiante que presenciou, tendo anunciado a realização, nos dias 5 e 6 de Maio, de uma reunião, em Benguela, para analisar a situação da vandalização de bens públicos.