É o segundo centro do género no país, a seguir o de Luanda, que entrou em funcionamento no início do ano e funciona em tempo integral, acompanhando, ao detalhe, o tráfego dos transportes públicos na cidade, quanto a localização, cumprimento das paragens e das rotas predefinidas, num sistema que conta com 79 autocarros.
Em entrevista hoje, sexta-feira, à ANGOP, o chefe do Departamento de Tráfego e Mobilidade do Gabinete Provincial dos Transportes, Octávio Afonso João, disse que a missão é fazer um monitoramento daquilo que é a operação do sector.
Com o Centro de Controlo Operacional, segundo o responsável, é possível acompanhar os autocarros que estejam em actividade e identificar a carreira ou a rota que esteja a percorrer, os limites de velocidade e os pontos de paragens.
Octávio João apontou, igualmente, como valência da estrutura a capacidade de contabilizar os passageiros que entram nos meios, através de um validador instalado nos autocarros, controlar o desempenho dos motoristas e identificá-los em caso de infracção.
Com o CCO conseguimos obter informações das rotas definidas e cada ponto de paragem tem uma sua marcação de GPS, ou seja, sempre que o autocarro não obedecer os pontos de paragem, há uma sinalização e pode ser considerada uma infracção”, enfatizou a fonte.
Os equipamentos, segundo a fonte, dão igualmente a informação de passageiros que acederam a um determinado autocarro, porque a medida que um cobrador coloca o cartão para que a catraca libere o acesso, o sistema assinala, é uma mais-valia, porque vai permitir fazer um controlo integrado dentro dos autocarros e saber as reais necessidades em termos de oferta de transportes.
Anunciou que num futuro próximo vai ser possível introduzir a bilhética electrónica, que já tem sido ensaiada na Huíla e em Luanda, considerando a primeira como um laboratório do Ministério dos Transportes, no que tange as políticas de transporte regular urbano de passageiros.